"Campanha de Dilma precisa administrar euforia"
Publicado em 27/08/2010 (http://brasilwiki.com.br)
Ao que tudo indica, salvo uma tragédia ou uma armação inusitada, Serra tem pela frente não uma campanha, mas um prolongado e dolorido velório. Desses que ao passar das horas não fica quase ninguém para velar o defunto. Já Dilma tem um problema que mata de inveja seu adversário. Precisa conter a euforia do "já ganhou", veneno puro para qualquer candidatura.
Por Adalberto Monteiro* para o portal da Fundação Maurício Grabois
26/08/2010
Serra nada contra a correnteza e começa a ser arrastado rio abaixo. Desde então, sua campanha é regida pelo o desespero que comanda os afogados. Encontrará algum galho no qual possa se agarrar e impedir o desastre que se anuncia? De cada cem analistas, 99 não vislumbram um bote salva-vidas. A campanha do ex-governador passa, então, a rogar pragas. Mas há um adágio que diz: "praga de urubu não mata cavalo gordo".
Serra tem atado nos calcanhares uma âncora de chumbo. O povo quer a continuidade e ele representa o retrocesso. Ele usa a imagem do presidente Lula no seu programa de TV, esconde como pode Fernando Henrique Cardoso, mas a maioria do eleitorado o enxerga como um virtual demolidor das conquistas dos dois mandatos do presidente Lula. O que o afunda é a comparação entre a " herança maldita" de seu padrinho e o legado benigno do ciclo virtuoso aberto em 2003. Serra é estampa de uma ideia que fracassou no mundo e no Brasil. Embora jure que não, mesmo que apregoe a baixa dos juros, ele é quem se dispôs a ser o defensor de um neoliberalismo enrustido, de uma social-democracia às avessas. Em vez de "Estado de bem-estar social", Estado de flagelo social. "Mínimo" às necessidades do povo e ao progresso da Nação e "máximo" para o apetite insaciável da plutocracia.
O que se houve na rua é que " a mulher" vai ganhar. O povo diz que no Brasil há o péssimo costume de que se ganha um político da oposição, ele muda tudo, até aquilo que está dando certo. Em 2002, quando o Brasil estava na UTI, a palavra "mudança" era música. A oposição e a mudança precisam triunfar, pois ninguém agüentava mais. Hoje, com o Brasil trilhando o caminho do desenvolvimento com distribuição de renda, a palavra mágica é "continuidade" Dilma, para além do ouro que é o apoio de Lula, progressivamente vai criando empatia com o povo. Sua história, sua competência, seu compromisso com a democracia, com o povo e a Nação passam a ser conhecidos pelos os eleitores. Continuidade e avanço constituem o binômio de sua mensagem.
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*Adalberto Monteiro é presidente da Fundação Maurício Grabois e editor da revista Princípios
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=135799&id_secao=1
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