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Professores de Boquim debatem o PNAIC - Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa



Ontem a partir das 19h30 (05/04/13)na Escola Joaldo Barbosa aconteceu debate público sobre o PNAIC – Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa, com a professora da Universidade Federal de Sergipe, Silvana Bretas.
O debate foi promovido pelo SINTESE a pedido dos professores em assembleia e teve como objetivo tirar as dúvidas sobre o programa do governo federal.
Foram convidados professores, a sociedade em geral, a prefeitura de Boquim, Sindicato dos Servidores de Boquim, as secretárias de Educação e de Ação Social e suas equipes, Conselho Tutelar, Conselho Municipal de Educação de Boquim/CMEB, Câmara de Vereadores. Destes estiveram presentes professores, e algumas pessoas representando a sociedade civil, estudantes do EJA, professores alfabetizadores, do ensino fundamental inicial e final e também o diretor da Escola Joaldo Barbosa, atual presidente do CMEB.
            O coordenador do programa no Estado é o professor José Ricardo Carvalho, do Departamento de Educação do campus de Itabaiana e Silvana Bretas sua adjunta, que veio a Boquim a pedido do sindicato. A professora da universidade Federal de Sergipe que trabalha com alfabetização tirou as dúvidas, ouviu e refletiu junto aos presentes sobre o Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa sobre alguns comentários da professora Noêmia e outros pontos arguidos pelos professores Jackson, Siniclei,Jonas, Adilson, Pacheco Jr., o senhor Luiz da Decon e a professora Acácia da rede Estadual:
            Metodologia do programa:
Silvana diz que pela primeira vez uma ideia/metodologia, o construtivismo, virou uma política de ensino

de um programa, o que dá liberdade ao professor em trabalhar a alfabetização, fora do padrão de outros que não permitem flexibilidade.
Quem assina o compromisso do programa
Reforça ainda que o compromisso com o pacto é do município, e que o professor não pode ser obrigado ou persuadido a aceitar o programa, nem seguir os materiais ou as ações do pacto.
Não existe determinação na resolução do PNAIC ou qualquer outra orientação que faça o professor assinar qualquer documento dizendo que aceita ou não aceita dizendo o porquê ou até mesmo que o obrigue a aceitar o programa.
            Número de alunos por sala
            Antes de responder sobre o ponto citado a professora reforça que a UFS tem sentado para melhorar e discutir algumas situações que o PNAIC tem. Concorda que um número grande de alunos para alfabetizar torna difícil o trabalho docente e que o programa não observa esta questão.
Os cursos de formação
A professora Bretas deixou claro que os certificados de 200h não contemplarão qualquer graduação ou pós-graduação. No máximo pode ajudar no currículo do professor num possível mestrado, mas que os mesmos não têm valor de graduação.
O professor pode desistir?
Silvana acredita que exista um período de renovação e é neste período em que se possa trocar de professor na equipe. Antes disso o professor que assinou o compromisso deve esperar essa abertura no sistema.
Avaliação
A avaliação é diagnóstica, mas o preenchimento de fichas individuais que será feito pelo professor é visto como problema, pois não há como fazer com uma turma de 35 alunos por exemplo. A equipe da UFS está estudando uma forma de fazer em grupos para facilitar o acompanhamento.  O objetivo das avaliações externas é para diagnosticar o andamento do programa.
Valorização do professor
Bretas confirma que para os cursos de formação o professor receberá uma bolsa de apenas de 200 reais. Esse valor já é uma determinação do MEC.
Para os presentes no debate isso mostra mais uma política de desvalorização da classe que está diretamente com o aluno todos os dias já que os professores formadores, responsáveis por orientar a aplicação dos métodos de ensino, os professores orientadores, indicados por cada secretaria de educação para repassar o material didático bem como as propostas teórico-metodológicas, receberão bolsas de 750 a 2000 reais.
A coordenadora Silvana Bretas ficou a disposição para outros encontros sobre o programa a qualquer tempo em Boquim, pois está otimista sobre o mesmo, mas espera que o professor tenha clareza e espontaneidade de trabalhar na alfabetização das crianças e ninguém deve ser obrigado ou até mesmo forçado a aderir ao PNAIC.
 “O objetivo do debate foi alcançado e bem aproveitado pelos presentes. A impressão deixada foi que é sempre salutar e preciso que o professor possa discutir sobre tudo que se pensa em aplicar como programa ou políticas de ensino na rede municipal de Boquim.” – avalia o professor Jonas Vidal, delegado sindical adjunto da base municipal de Boquim.
“Nosso próximo passo agora é debater o  PROJETO DA ESCOLA DEMOCRATICA E POPULAR – A EDUCAÇÃO QUE QUEREMOS, produzido pelo sindicato.” – reflete o professor Adilson Ribeiro, delegado de base municipal de Boquim.

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