Pular para o conteúdo principal

Professores de Salgado e Simão Dias entram em greve

ACESSADO DE : WWW.SINTESE-SE.COM.BR

Escrito por carol
Sex, 24 de Julho de 2009 17:50


Os professores de Salgado e Simão Dias iniciam a próxima semana em greve. Em Salgado a partir de segunda, dia 27, não haverá aulas nas escolas da rede municipal. Já em Simão Dias o movimento grevista se inicia na quarta, dia 29. O motivo da greve nas cidades é a não implantação do piso salarial.

Simão Dias

Os professores da Rede Municipal de Simão Dias decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir de quarta-feira, dia 29. A decisão foi tomada pela categoria em assembleia realizada na última quinta-feira, dia 23. Na quarta, os professores pretendem realizar um ato público na cidade para informar a população os motivos da greve.

A decisão de parar as atividades foi tomada depois de avaliarem o processo de negociação e a consequente morosidade da administração municipal em garantir de forma correta a implantação dos 2/3 do piso.

Uma reunião ocorrida dia 23 entre a administração e os professores só os deixou mais indignados. De acordo com a delegada sindical do SINTESE no município, Maria Lúcia Morais, na reunião tanto o prefeito, quanto o Secretário de Educação, Marcelo Domingos, apresentaram uma postura autoritária não dando voz aos professores e enfatizando que para a implantação do Piso seriam feitas demissões, inclusive de docentes efetivos em estágio probatório.

Outro ponto que gerou indignação na categoria foi que os gestores desrespeitaram o direito de manifestação dos educadores, classificando os atos públicos realizados por essa classe como irresponsáveis. Para a diretoria do sindicato, os atuais gestores foram infelizes em seus comentários, principalmente pela história pregressa que eles têm nos movimentos sociais.

Desde o início das negociações, a prefeitura não apresentou nenhuma proposta para implantação do piso para todos os professores. Ocorreram diversas audiências, mas nada de novo era apresentado. O prefeito Dênisson Déda afirma que a Lei de Responsabilidade Fiscal o impede de aplicar o piso, mas se nega apresentar as folhas de pagamento de todas as pastas de pessoal para que se pudesse constatar que de fato não há mais o que ser enxugado em folha de pagamento.

E ainda, apesar de afirmar ser contrário, efetivou o pagamento dos 2/3, já no mês de julho apenas para os professores com nível médio. Essa decisão vai de encontro a lei 11.738 que tem como princípio a valorização do magistério.

“Os professores sentem-se tranqüilos por que acreditam que percorreram o caminho mais prudente: estiveram abertos ao diálogo, fizeram concessões, aguardaram os prazos pedidos e, o tempo todo, confiaram que a administração tinha como objetivo garantir o direito dos docentes, o que não aconteceu de fato até agora”, disse a professora Cláudia Patrícia, da coordenação da Sub-Sede Centro-Sul do Sintese.

Salgado

Já em Salgado o descumprimento do acordo feito entre o sindicato e a prefeitura Janete Barbosa é o motivo principal para a greve que se inicia segunda. Os professores pretendem realizar atos públicos em frente a secretaria municipal de Educação e também na prefeitura.

Após muita luta, os professores conseguiram negociar com a administração pública municipal a implantação dos 2/3 do piso conforme diz a lei. O projeto chegou a estar na pauta da Câmara de Vereadores. A prefeita, então alegando que o projeto necessitava de ajustes, retirou-o da Câmara de Vereadores e não deu retorno sobre quando ele voltaria a tramitar.

No acordo feito entre administração municipal e o sindicato os 2/3 do piso seriam pagos no mês de julho, mas sem a aprovação do projeto não dá data.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Professores de Boquim aprovam a proposta de Reajuste do Piso 2019

Na tarde do dia 11 de fevereiro, após o primeiro dia do Encontro Pedagógico os professores de Boquim, fizeram uma Assembleia Extraordinária para avaliarem a proposta do prefeito de Boquim, Eraldo Andrade, sobre o pagamento do reajuste do piso salarial da categoria. Segundo a proposta o prefeito já reajustaria o piso salarial do magistério neste mês de fevereiro seria pago com o retroativo de janeiro de 2019. A prefeitura de Boquim no ano de 2018 aprovou o piso salarial em julho, deixando 6 meses de retroativos. Sobre esse ponto o prefeito aponta na proposta que em junho sentaria com o SINTESE sobre como pagaria o passivo trabalhista. O atual prefeito falou no dia da negociação com o SINTESE (no dia 07 do corrente) que não quer ficar devendo aos professores em sua gestão. Os professores de Boquim tem passivos trabalhistas deixados por outras gestões e estão acionando a justiça e sendo por ela reconhecido o direito, tanto que a prefeitura na gestão atual está pagando a d

Professores de Boquim debatem o PNAIC - Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa

Ontem a partir das 19h30 (05/04/13)na Escola Joaldo Barbosa aconteceu debate público sobre o PNAIC – Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa, com a professora da Universidade Federal de Sergipe, Silvana Bretas. O debate foi promovido pelo SINTESE a pedido dos professores em assembleia e teve como objetivo tirar as dúvidas sobre o programa do governo federal. Foram convidados professores, a sociedade em geral, a prefeitura de Boquim, Sindicato dos Servidores de Boquim, as secretárias de Educação e de Ação Social e suas equipes, Conselho Tutelar, Conselho Municipal de Educação de Boquim/CMEB, Câmara de Vereadores. Destes estiveram presentes professores, e algumas pessoas representando a sociedade civil, estudantes do EJA, professores alfabetizadores, do ensino fundamental inicial e final e também o diretor da Escola Joaldo Barbosa, atual presidente do CMEB.

Não devem deixar a Estação...

José de Jesus Santos - profº de História imagem internet As manifestações continuam em todo o Brasil, e vão continuar... Provaram que não querem golpe de estado, mas sim resultado de todos os gestores públicos por mais responsabilidade pelos serviços públicos, melhoramento na Educação, Saúde e Segurança, resumo: não querem só comida... Provaram que tem fome de vários “Quês”. A cobertura televisiva imparcialmente – assim arautam, não deixam de usar seus chavões de efeitos de caras e bocas para destacar o vandalismo e os grupos de baderneiros enquanto as manifestações recebem um breve e positivo adjetivo. O fruto dessa ação de cobertura tem os mesmos efeitos das bombas de efeito moral, lançadas para dispersar o sentido dos movimentos. São verdadeiras balas de borracha disparadas nos braços, pernas da natureza do protesto. São sprays de pimenta lançados nos olhos da liberdade de expressão do povo que desperta junto aos que nunca deixaram as ruas para dizer que já não dá mais