1024 enroladinhos foram entregues na manhã do dia 29/04 para a população boquinense para informá-la sobre a luta pelo seu direito ao piso salarial nacional. |
A sociedade boquinense tem assistido desde 2008 a luta pela implantação do PSPN (Piso Salarial Profissional Nacional) e o tema ainda parece ser incompreendido por parte de muitos gestores nos municípios sergipanos que procuram de uma forma ou de outra justificar a não aplicação da Lei Federal Sancionada pelo presidente Lula.
No último dia 04/05 aconteceu uma audiência com o SINTESE e a prefeitura municipal onde foi colocada a rejeição da proposta do prefeito onde cortaria ainda mais os níveis de graduação dos professores para 15,30 e 40 o que seria uma perda histórica para o magistério boquinense.
Ainda na mesma audiência foram colocados novos patamares que chegaria em torno de 75,24% da folha - na última proposta defendida pelos professores a folha chegaria a 75,4% onde a regência seria de 18%, e a mudança de nível para 40,50 e 60.
Com os novos patamares o SINTESE fez os cálculos e descobriu perdas em mais de 30 professores.Com esta situação foi decido suspender a assembleia com os professores de Boquim que seria realizada hoje as 15h no auditório Benjamim.
Com os novos patamares o SINTESE fez os cálculos e descobriu perdas em mais de 30 professores.Com esta situação foi decido suspender a assembleia com os professores de Boquim que seria realizada hoje as 15h no auditório Benjamim.
Na maioria dos municípios sergipanos as prefeituras estão fechando as propostas com o SINTESE em torno de 80% da folha de pagamento. Mas para tal fim foi feita uma verdadeira reorganização da rede onde até Secretários de Educação e seu secretariado dividem sua carga horária de trabalho na secretaria de educação e na sala de aula, além de acabar com contratos sem precisar fazer concursos fazendo os professores em desvio de função retornarem as atividades docentes, as gratificações para os diretores e funções administrativas reduzidas até o patamar de 40% a 70%(a depender do numero de alunos por escola).
Essas atitudes só foram realizadas após intensa luta dos professores e inúmeras audiências entre o sindicato e os prefeitos. Onde não houve negociação os prefeitos como verdadeiros ditadores empurraram para a Câmara de Vereadores e estes aprovaram a sentença da carreira do magistério.
A Lei 11.738/08 garante ao professor em inicio de carreira com nível médio (no máximo 200h) um vencimento de R$ 1024,67 - ou seja quem começasse hoje a trabalhar como professor iria receber no vencimento este valor mais as vantagens da carreira do magistério como a regência de classe - se ele trabalhasse apenas na cidade. Se trabalhasse no povoado receberia além da regência a gratificação de difícil acesso conforme a distância.
Acontece que no municipio de Boquim existe uma distorção na valorização do professor quanto a sua remuneração entre outros direitos onde 5 professores com nivel médio com mais de 20 anos de trabalho ganham no total geral (bruto) o valor de R$ 1024,67 e pouco mais de 20 nivel médio com 1 a 2 anos de serviço estão recebedendo no geral com os direitos 564,74 a 819,74 - todos com carga horária de 160 - este valores no mínimo seriam seu vencimento sem as vantagens conforme a Lei do piso. Os professores estão a cada dia desacreditados com esta situação e estão prontos para mais embates se for preciso. Porém percebem que já cederam o suficiente e que a prefeitura de fato concreto corte também na sua própria carne como vem fazendo o magistério boquinense.
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