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Brasil e EUA : cooperação nuclear

fonte/autor: http://www.ihu.unisinos.br

Brasil e EUA. Cooperação nuclear ganha força mesmo após acidente

Mesmo após o acidente com as usinas nucleares no Japão, ameaçadas de colapso após o terremoto e o maremoto que assolaram aquele país, os governos de Brasil e Estados Unidos deram novo impulso à cooperação conjunta para geração nucelar de energia com a visita do presidente Barack Obama ao país. O comunicado conjunto dos dois presidentes - Obama e Dilma - fala em "satisfação" com a inclusão da energia das usinas atômicas no Plano de Ação para Cooperação de Energia. Eletrobrás, o Ministério de Minas e Energia e o Departamento de Energia dos EUA terão rodada de discussões ainda neste ano para debater o tema.
A informação é do jornal Valor, 21-03-2011.
"Não fazemos demandas aos governos, mas temos expectativa de que a demanda por energia nuclear cresça no Brasil devido à taxa de crescimento no Brasil e à necessidade de diversificar fontes de energia", disse Aris Candris, presidente da americanaWestinghouse, um dos maiores fornecedores de equipamentos para usinas no mundo. "Em todo o mundo haverá um período de reavaliação e reengajamento [em energia nuclear]", previu o executivo, que negocia o fornecimento de reatores para Angra 3.
Obama, segundo informou a Casa Branca, disse à presidente Dilma apoiar os planos dos setores de energia dos dois governos para cooperação na produção de energia nuclear. A rodada de discussões, neste ano, segundo o governo americano, tratará de medias de segurança, escolha de novas tecnologias, desenvolvimento de recursos humanos e análise de risco.
A Westinghouse é candidata natural a se beneficiar dessa cooperação por dispor, segundo acredita o principal executivo da empresa, de tecnologia diferente da usada nas usinas japonesas, sem os fatores de risco que levaram ao superaquecimento dos reatores e à liberação de material radioativo no Japão. Candris foi um dos palestrantes destacados no seminário promovido em Brasília pela Confederação Nacional da Indústria e pela Câmara Americana de Comércio.
Falando aos cerca de 250 empresários participantes do seminário - que, em seguida, ouviriam o presidente Obama no mesmo local - o presidente da Westinghouse afirmou que o acidente japonês não foi causado por mau funcionamento do reator nuclear, mas, sim, de seu sistema de refrigeração, externo à usina. O núcleo da usina resistiu ao terremoto e ao maremoto, que ocorreram num grau bem superior ao previsto nos cálculos de construção, mas as ondas formadas pelo terremoto aparentemente destruíram os geradores externos responsáveis pelo sistema de refrigeração, provocando o superaquecimento.
"Temos um produto que está sendo construído na China e com vários contratos nos EUA que não exige energia externa, é de auto-geração", comentou Candris, para quem o acidente no Japão ressalta as vantagens do equipamento fornecido pela empresa americana.
Os executivos da companhia acreditam que, quando for disseminada informação sobre as causas dos problemas no Japão, as reações contra energia nuclear deverão se reduzir. "Haverá uma desaceleração nos projetos, para reavaliar e assimilar as lições do acidente". No caso do Brasil, o cronograma de Angra 3, que deveria começar as operações em 2020, dá "muito tempo para planejar e implementar a nova usina".Candris vê no Nordeste o mercado mais promissor para a energia nuclear.
         No Rio, David Sandalow, subsecretário de política internacional do Departamento de Energia dos EUA, disse que a segurança deve continuar a ser uma prioridade quando se trata de energia nuclear. Segundo Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a fonte nuclear terá tudo para continuar a ser desenvolvida.

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