Prefeituras agridem e reprimem desfiles cívicos de professores
japaratuba
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Os professores das cidades de Japaratuba, Maruim, Estância e Laranjeiras viveram momentos dignos de um estado de exceção. "O momento do desfile cívico é também um momento de reflexão e diálogo com a sociedade. É inadmissível que educadores e educadoras sejam tratados como criminosos", alerta Lúcia Barroso, vice-presidente do SINTESE.
Seguranças
particulares usaram de violência para conter professores
Em Japaratuba a voz de protesto deu lugar a gritos de revolta e pânico. Cumprindo o combinado previamente e de maneira ordeira, os professores esperaram todas as escolas desfilarem para então se reunir em passeata. Porém, para tentar coibir o ato, seguranças contratados pela Prefeitura Municipal resolveram tentaram impedir que professores desfilassem ao lado de seus colégios com camisas de protesto. Os professores Carlos Vieira e Greice Silva, da comissão de negociação do SINTESE, foram agredidos e jogados ao chão. “A manifestação era pacífica e tinha ampla adesão da população. Além de não cumprir a palavra na questão de pagamento do piso a administração ainda quer impedir nosso direito de falar”, fala Carlos.
Maruim: Lutar não é crime

Através
de liminar Prefeito tentou calar os professores
Laranjeiras
A participação dos professores de Laranjeiras foi altamente prejudicada pela administração municipal. Os carros de som que acompanhariam o cortejo foram impedidos de entrar e a situação só se revolveu após a presença de advogados do SINTESE que conseguiriam negociar junto à guarda municipal o início da atividade."É curioso observar que vários pelotões da guarda municipal foram utilizados para um simples ato de cidadania de professores, enquanto no dia a dia da cidade, pouco se vê esse efetivo nas ruas”, lembra Edileide Barrozo, diretora do SINTESE. Apesar disso, segundo ela, a população ficou até o final do desfile e deu total apoio aos professores.
Estância
Em Estância os professores organizaram o “Grito do Povo” e também tiveram problemas para poder ir às ruas. Devido ao autoritarismo do prefeito Ivan Leite, que dificultou de todas as formas a saída das centenas de pessoas que participaram da manifestação, o protesto só começou as 20h gerando revolta nos participantes. A situação só foi contornada devido à mediação da deputada estadual Ana Lúcia e da atuação exemplar da polícia militar, que fizeram valer o poder do estado de Sergipe e garantiram a entrada dos professores no desfile.
Carira
Já em Carira, contando com uma grande adesão da população, os professores não se abateram com a série de pressões feitas pela Secretaria de Educação Municipal, que ameaçava os professores quem para o desfile protestar. Centenas de educacores, pais e alunos fizeram um protesto pacífico e contagiante, que só foi atrapalhado no momento em que adentrava a Praça Principal da cidade. “Neste momento a policia militar não permitiu a nossa entrada, mas a pressão e o apoio do público foram tamanhos que continuamos nosso ato”, relata Givaldo Costa, representante do SINTESE em Carira.
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