Pular para o conteúdo principal

“Ninguém precisa cumprir nada” disse Belivaldo sobre Avaliação de Desempenho

Autor Fonte // sintese


audiencia_13_10_11
audiencia_13_10_11
O secretário de Educação, Belivaldo Chagas afirmou em audiência com a direção do SINTESE na manhã da última terça-feira (11) que os professores não precisam cumprir nada com relação ao Índice Guia de Avaliação de Desempenho, pois não há nada formalizado para que essa seja a proposta da Secretaria de Estado da Educação. “Os professores podem ficar à vontade, se não quiserem preencher plano de curso, que não preencha”, disse o secretário.
A afirmação de Belivaldo Chagas veio após os membros da comissão de negociação questionarem na audiência que, apesar da Secretaria de Estado da Educação afirmar que o Índice Guia não é a proposta formal para a avaliação de desempenho, várias de suas premissas estão sendo colocadas nas escolas.
Professores informaram ao sindicato que as direções das escolas, orientadas em reuniões presididas pela secretária adjunta de Educação, Hortência Araújo, estão pressionando-os a assinarem contrato de gestão, inserirem na internet o plano de curso e a preencherem portfólios dos alunos, ou seja, a adotar os princípios do Índice Guia.

Além dos membros da comissão de negociação do SINTESE, a audiência contou com a presença do autor do Índice Guia, João Batista dos Mares Guia, da deputada estadual Ana Lúcia, que é presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa e da secretária Adjunta de Educação, Hortência Araújo.
O SINTESE se negou a discutir com João Batista dos Mares Guia, pois não há interesse do sindicato em se discutir uma peça solta, pois a intenção da categoria, através dos seus representantes, é discutir com a SEED uma política pública de Educação mais ampla.
“Quando o Índice Guia de Avaliação de Desempenho começou a chegar às escolas sempre dissemos ao secretário, que os professores da rede estadual não tem receio de discutir avaliação de desempenho, até porque entendemos que é legal. Mas discutiremos avaliação de desempenho dentro de uma política pública de educação”, disse Joel Almeida, diretor de Comunicação do SINTESE.
Fórum Estadual de Educação
O SINTESE compreende que a discussão para a avaliação de desempenho deve ser feita dentro de um contexto geral, de política pública de educação que é composta por vários elementos, e entre eles, a avaliação de desempenho. E a melhor forma de discutir isso é dentro do Fórum Estadual de Educação que já instituído através do Decreto Governamental nº 27.980/2011.
Discutir política pública de Educação também não é discutir apenas a avaliação desempenho. Faz-se necessário debater outros aspectos da educação pública sergipana, incluindo aí a Gestão Democrática que há anos faz parte da pauta de reivindicação dos professores.
A presidenta do SINTESE, Ângela Melo foi enfática ao dizer que os professores não concordam com a proposta que a secretaria já está implantando nas escolas. “O Índice Guia da Avaliação de Desempenho não está de acordo com o que prega a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e a Resolução nº 02 do Conselho Nacional de Educação e nós só discutiremos propostas que tenham arcabouço. Não vamos discutir uma proposta isolada, desconectada da realidade educacional da rede pública de ensino sergipana. Nosso debate deve se dar no Fórum Estadual de Educação”, frisou Ângela.
As diretrizes para a avaliação de desempenho já estão estabelecidas na Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases e na Resolução nº 02 do Conselho Nacional de Educação. Os professores compreendem que o processo de avaliação de desempenho deve partir desses pressupostos legais.
A deputada Ana Lúcia, como presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, colocou a sua preocupação com as ações da SEED com relação ao Índice Guia de Avaliação de Desempenho. “Infelizmente a secretaria teima em não cumprir a legislação educacional o que acaba criando uma tensão não só com o sindicato, mas com toda a categoria do magistério. Espero que a secretária reveja sua ação e adote como norte a legislação construída com o suor e lágrimas dos educadores”, refletiu.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Professores de Boquim aprovam a proposta de Reajuste do Piso 2019

Na tarde do dia 11 de fevereiro, após o primeiro dia do Encontro Pedagógico os professores de Boquim, fizeram uma Assembleia Extraordinária para avaliarem a proposta do prefeito de Boquim, Eraldo Andrade, sobre o pagamento do reajuste do piso salarial da categoria. Segundo a proposta o prefeito já reajustaria o piso salarial do magistério neste mês de fevereiro seria pago com o retroativo de janeiro de 2019. A prefeitura de Boquim no ano de 2018 aprovou o piso salarial em julho, deixando 6 meses de retroativos. Sobre esse ponto o prefeito aponta na proposta que em junho sentaria com o SINTESE sobre como pagaria o passivo trabalhista. O atual prefeito falou no dia da negociação com o SINTESE (no dia 07 do corrente) que não quer ficar devendo aos professores em sua gestão. Os professores de Boquim tem passivos trabalhistas deixados por outras gestões e estão acionando a justiça e sendo por ela reconhecido o direito, tanto que a prefeitura na gestão atual está pagando a d

Professores de Boquim debatem o PNAIC - Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa

Ontem a partir das 19h30 (05/04/13)na Escola Joaldo Barbosa aconteceu debate público sobre o PNAIC – Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa, com a professora da Universidade Federal de Sergipe, Silvana Bretas. O debate foi promovido pelo SINTESE a pedido dos professores em assembleia e teve como objetivo tirar as dúvidas sobre o programa do governo federal. Foram convidados professores, a sociedade em geral, a prefeitura de Boquim, Sindicato dos Servidores de Boquim, as secretárias de Educação e de Ação Social e suas equipes, Conselho Tutelar, Conselho Municipal de Educação de Boquim/CMEB, Câmara de Vereadores. Destes estiveram presentes professores, e algumas pessoas representando a sociedade civil, estudantes do EJA, professores alfabetizadores, do ensino fundamental inicial e final e também o diretor da Escola Joaldo Barbosa, atual presidente do CMEB.

Não devem deixar a Estação...

José de Jesus Santos - profº de História imagem internet As manifestações continuam em todo o Brasil, e vão continuar... Provaram que não querem golpe de estado, mas sim resultado de todos os gestores públicos por mais responsabilidade pelos serviços públicos, melhoramento na Educação, Saúde e Segurança, resumo: não querem só comida... Provaram que tem fome de vários “Quês”. A cobertura televisiva imparcialmente – assim arautam, não deixam de usar seus chavões de efeitos de caras e bocas para destacar o vandalismo e os grupos de baderneiros enquanto as manifestações recebem um breve e positivo adjetivo. O fruto dessa ação de cobertura tem os mesmos efeitos das bombas de efeito moral, lançadas para dispersar o sentido dos movimentos. São verdadeiras balas de borracha disparadas nos braços, pernas da natureza do protesto. São sprays de pimenta lançados nos olhos da liberdade de expressão do povo que desperta junto aos que nunca deixaram as ruas para dizer que já não dá mais