Na manhã do dia 20 de abril de 2012, os professores
da rede municipal de Boquim/Se fizeram vigília na Prefeitura aguardando o
resultado da audiência marcada pelo prefeito para as 10h. A tarde a rede estadual está mobilizada em Aracaju fazendo resistência às maldades do governador Marcelo Déda.
Na reunião o prefeito Pedro Barbosa começou falando
que recebera uma intimação do Tribunal de Contas para observar o limite
prudencial e respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal, alegando os gastos com
pessoal estavam no limite e estava preocupado como iria pagar o reajuste. Elson
que é profissional contratado só para calcular com os recursos do FUNDEB fez
sua apresentação contábil.
No inicio da reunião Pedro Barbosa ainda propôs três
soluções para o caso em relação ao pagamento do reajuste do piso:
A – não pagaria o piso e enfrentaria o desgaste da
luta com os professores e o SINTESE;
B – pagaria o reajuste em maio, mas com a certeza
que haveria alguns meses que pagaria em atraso o salário do professor;
C – pagaria o reajuste apenas ao nível médio.
O professor José lembrou ao prefeito que a LRF tem
seus indicadores de como o prefeito poderia ajeitar as contas como, por
exemplo, não só reduzir seus comissionados como também acabar com os contratos
existentes. Pacheco Jr buscou intervir no pagamento do reajuste para todos e
que o retroativo fosse pago, que até fosse parcelado o mesmo, mas Lídia e o
próprio prefeito foram enfáticos em que não teriam como pagar o retroativo. Adilson
e Allan se posicionaram dizendo que o desejo primeiro da categoria não é ir
para o desgaste, palavra que o prefeito a todo momento repetia, e afirmava está preparado,
pois não seria candidato mesmo e encerraria sua carreira política, a vontade
dos professores é que seja pago o que é de direito.
Ainda para surpresa de todos a equipe de negociação
do prefeito tinha se esquecido de acrescentar um dado nas contas o que fez o
prefeito deduzir o pagamento apenas em julho...A comissão de negociação dos
professores continuaram insistindo no pagamento do retroativo, na entrega da
folha de pagamento para comparar os dados apresentados e que não fosse julho a
data de pagamento.
Pacheco ainda lembrou que na implantação do piso e
no reajuste dos outros anos as folhas nunca estrangularam, e que se esse ano
ocorresse o SINTESE sentaria tranquilamente com o executivo para ver soluções.
Diante do “equivoco” da equipe da prefeitura, que
tiveram desde janeiro tempo de fazer os estudos, o prefeito Pedro Barbosa garantiu
que terça-feira dia 24/04 pela manhã, colocará por oficio uma posição para o
pagamento do reajuste e entregará da folha de abril ao sindicato.
“Se a prefeitura chegou a está próximo do limite da
LRF a culpa não é do magistério, pois se em casa as contas entram no vermelho é
porque alguém deixou de fazer as contas direito e comprometeu mais do que
deveria o seu orçamento, a saída para o problema de uma prefeitura como mesmo
orienta a lei é cortar do geral e não da educação apenas.” – disse o professor José
em assembleia realizada a tarde no auditório da avenida.
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