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A CRISE AFETA SALÁRIOS DE POLÍTICOS?

                                                                                                                                                     
 *SINICLEI SANTOS DE ALMEIDA
 
misturebabrasilspab.blogspot.com
Depois da posse dos novos prefeitos, nós sergipanos fomos informados pela mídia estadual e nacional sobre as péssimas condições deixadas nos executivos por alguns ex-prefeitos descompromissados que não manifestaram zelo algum pela coisa pública e muito menos respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal. E para engrossar o caldo muitos dos atuais administradores se agarram ao discurso da crise financeira internacional passando para a sociedade uma impressão apocalíptica e catastrófica de fim do mundo dizendo que a queda no repasse dos recursos federais, tais como: FPM,FUNDEB,MDE,PNAE entre outros, vem castigando de maneira perversa o desenvolvimento social dos municípios brasileiros.

Porém, o que pouco se ouve falar por parte dos políticos são comentários no sentido de que abrirão mão dos seus rechonchudos reajustes salariais em função da crise que assola (segundo eles) a arrecadação das nossas cidades. Só para termos uma ideia melhor da coisa, em alguns municípios que os vereadores ganhavam aproximadamente R$ 3.750, o salário passou para R$ 6.012, o vice-prefeito que recebia R$ 8.000, passou para R$ 15.000 e o prefeito que a remuneração era de R$ 14.5000, passou para exatos R$ 24.000.Parece que a famigerada crise ainda não afetou economicamente esses municípios no que diz respeito ao pagamento de salários dos nobres homens públicos que nos representam, pois em alguns casos o percentual ultrapassa a casa dos 50%(por cento).
E a população vendo a isso tudo fica boquiaberta e perplexa com tamanha generosidade dos cofres públicos para com os salários dos representantes do povo. Pois se compararmos com os índices de reajustes  que tiveram os salários: mínimo que foi somente de 9%saindo de R$ 622,00 para R$ 678.00 e o dos professores de 7,97% no piso salarial, saindo de R$ 1.451.00,para R$ 1.567.00(base),percebemos claramente que há uma disparidade muito acentuada de valores. É ou não é um insulto a situação econômica do país?
O Cinform, importante meio de comunicação do nosso estado, trouxe na sua edição de nº 1554( 21 a 27 de janeiro de 2013) uma matéria com o seguinte título: Eles são prefeitos, mas ganham como presidente. A partir daí fiquei analisando com os meus botões e cheguei a fazer as seguintes indagações a minha psique: A crise afeta salários de políticos? Se a crise é tão grave realmente como se propaga, por que os reajustes salariais dos políticos são tão altos?
É muito difícil para o povo entender essa complicada matemática de cálculos financeiros salariais de alguns gestores, considerando-se que, em algumas cidades com maior arrecadação municipal os salários dos prefeitos são menores do que em outras que arrecadam bem abaixo do que se espera. Citamos como exemplos alguns nomes de municípios como Estância, onde o salário do prefeito é de R$ 18.000, Lagarto R$ 17.000, Tobias Barreto R$ 14.850, Itaporanga R$ 14.800 e assim por diante. (Fontes: G1.Sergipe,e Nenoticias.com.br 21/01/13).
folhagavionense.blogspot.com
Deve-se ressaltar que alguns novos prefeitos sergipanos a exemplo de Carira e Boquim tomaram algumas atitudes perante esses também novos salários. O primeiro disse que: “irá corrigir o que chama de equívoco” e se comprometeu em solicitar a revisão do salário junto à assessoria jurídica da prefeitura, já o segundo, baixou um decreto reduzindo os salários do prefeito e do vice-prefeito em 10% (ou seja, para R$ 21.600 e R$ 13.500 respectivamente)e  do secretariado em 15%. (Cinform - edição nº1554, 21 a 27 de janeiro de 2013). Finalizo a perguntar: O que vocês acham disso?
Com a resposta aquele que é dono do poder e não sabe. O povo!
*Professor da Rede Pública Municipal de Boquim (Licenciado em Letras Português/Inglês)
 
 
 
 
 
 

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