José de Jesus Santos - profº de História
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As manifestações
continuam em todo o Brasil, e vão continuar... Provaram que não querem golpe de
estado, mas sim resultado de todos os gestores públicos por mais responsabilidade
pelos serviços públicos, melhoramento na Educação, Saúde e Segurança, resumo:
não querem só comida... Provaram que tem fome de vários “Quês”.
A cobertura
televisiva imparcialmente – assim arautam, não deixam de usar seus chavões de
efeitos de caras e bocas para destacar o vandalismo e os grupos de baderneiros
enquanto as manifestações recebem um breve e positivo adjetivo.
O fruto dessa
ação de cobertura tem os mesmos efeitos das bombas de efeito moral, lançadas
para dispersar o sentido dos movimentos. São verdadeiras balas de borracha
disparadas nos braços, pernas da natureza do protesto. São sprays de pimenta
lançados nos olhos da liberdade de expressão do povo que desperta junto aos que
nunca deixaram as ruas para dizer que já não dá mais para esperar.
E todo esse
aparato é jogado naqueles que ficam absorvendo medo, confusão no que realmente
ocorre e até chegando a odiar o oprimido e aplaudir o opressor. A polícia? Ela
sempre será usada como um aparelho repressor do Estado e agirá conforme a ordem
deste.
Todos os
levantes foram nas capitais brasileiras, mas como se #acorda as cidades do interior?
Como seu povo ver tudo o que está acontecendo? Qual sua opinião?
Como elas
poderiam desperta seus sonhos de liberdade, igualdade e fraternidade, numa
conjuntura onde um ato político social, de liberdade de expressão, é banido ou
pior abortado após ser condenado, como uma Madalena sem um Cristo para livrá-la
das pedras do coronelismo, sem direito ao menos de ser ouvida.
Não tem como clamar
por melhorias locais, como saúde, segurança e educação, por exemplo, ou até cobrar
melhorias no abastecimento de água, serviços de esgoto, de terraplanagem, por
falta de iluminação pública. Por melhores escolas e construir sonhos, vontades
e exercitar seu direito de cidadão. Contribuir por uma cidade melhor enquanto
dentro das instancias legais e de comunicação houver quem manipule, persiga e
copite as vozes que clamam em dar sua opinião.
Nas pequenas
cidades o conservadorismo é forte, ma não inquebrável, pois a democracia clama
dia a adia para que a sociedade se organize e se reconheça como agente
transformadora e que tem o poder de decisão e mudança e que quem está lá foi
eleito para servir o bem coletivo e não apadrinhar por interesses pessoais A,B
ou C. As pessoas nas ruas manifestaram o desejo de serem ouvidas, e ouviram que
estão sendo.
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Porem nas
muitas cidades do interior, muitos setores logo se manifestam dizendo que tudo
já está sendo resolvido, que não precisa tal ação porque quem está a frente
quer se promover, é porque quer fortalecer a oposição e ainda dizem tem que
haver um movimento sem partido, sem bandeira, logo, logo o mesmo está lá para
depois bater no peito, eu tava lá, eu tava lá...(pertence a uma corrente
política ou tem cargo político).
Não será
estranho se ouvirmos depois: “não sabem o que querem, por que desistiram? não
tinham objetividade... não falei?” E os mesmos donos dessas vozes são em muitos
os que contribuíram no apagão do movimento, desmobilizando ou desvirtuando a
manifestação.
A juventude
e o povo das pequenas e grandes cidades
podem até perderem o bonde da História neste momento, mas não devem agora
deixar essa Estação.
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