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Ana Lúcia presta apoio a professor processado em Boquim



Ao lado de professores e militantes sindicais de todo o estado a deputada estadual professora Ana Lúcia (PT) acompanhou, na manhã desta quarta-feira, 3, a audiência de conciliação ocorrida entre o professor e militante do SINTESE, Jonas Vidal, e o prefeito de Boquim, Jean Carlos. Após a audiência, os professores seguiram em caminhada pelas ruas do município a fim de sensibilizar a população para a situação.
O educador foi processado pelo prefeito por ter denunciado na sua página no facebook – num contexto de luta pelo cumprimento dos direitos trabalhistas dos professores – que o gestor havia concedido aumento de até 200% aos cargos em comissão. A “queixa” do prefeito foi o uso, por parte de Jonas, dos termos “incompetente”, ao referir-se ao gestor municipal, e “capangas intelectuais”, referindo-se aos contratados em cargos de comissão.
Veemente defensora da liberdade de expressão, Ana Lúcia foi até Boquim prestar sua solidariedade e seu apoio ao colega professor. “Reafirmo o compromisso do meu mandato com a luta dos professores, com a luta da classe trabalhadora e com a defesa da liberdade de expressão e de manifestação”, defendeu a parlamentar.
“Durante a audiência, o advogado do prefeito sugeriu que eu me retratasse. E eu não vou me retratar, porque não houve ofensa nem agressão. O que fiz foi uma crítica, o que vou continuar fazendo enquanto houver motivos para isso”, declarou o professor Jonas Vidal, explicando que, como não houve acordo entre as partes, o caso terá nova audiência no dia 10 de fevereiro.
A avaliação dos professores presentes é de que Jonas Vidal foi processado na tentativa de calar a luta sindical dos professores e tentar desestabilizar o movimento. “Escolheram uma pessoa para ser o 'boi de piranha'. Se tentam me calar é para amedrontar todos vocês que estão na luta sindical, pois quando fiz aquele comentário, foi a voz dos professores”, defendeu Jonas. “Impingindo o medo nas lideranças, eles tentam fracassar o movimento e a unidade dos trabalhadores”, completou Ana Lúcia.
Para a vice-presidente do SINTESE, Ivonete Cruz, o texto do professor Jonas não foi direcionado ao prefeito e, portanto, não pode ferir sua honra. “Não se agrediu a pessoa do prefeito, mas a gestão pública”, declarou. “A posição de Jonas foi muito coerente, pois quem cala agora, cala depois”, finalizou o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Rubens Marques.
Texto e fotos/facebook: Débora Melo

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